Eu não quero um gênero, uma definição ou uma análise. Eu quero uma história.
Eu não quero épico, lírico ou drama e não me importa ritmo, metro ou rima. Eu quero uma história.
Elegia, soneto, ode ou écloga não importa. O que eu quero é uma história.
Não preciso de uma tragédia para me comover, ou de comédia para rir, tudo o que eu preciso é uma história.
Não preciso dissecar um poema para enxergar sua beleza, ou recorrer a rótulos para saber do que se trata, porque não importa.
Eu não busco romance, poesia ou crônica, eu busco uma história.
Não leio gêneros, eu leio histórias, não leio poesias, mas sim sentimentos.
Não preciso saber o número de versos, ou conhecer a terza rima para enxergar a grandiosidade de uma viagem reservada apenas para as almas que já se foram. Do inferno ao paraíso, o gênero, metro e rima ficam para trás, meros coadjuvantes, pano de fundo do palco em que a grande protagonista é a história.
Tudo isso, gêneros, definições, classificações e rótulos não são dignos de estudo. Pode ter uma métrica perfeita, ritmo e rima maravilhosos, e mesmo assim serão apenas classificações, componentes que trabalham para algo maior.
Deixemos tudo isso de lado, e estudemos o que importa. Estudemos as histórias.
Profundo....
ResponderExcluirAhan, você fala isso por é um contador nato, e dos bons, de histórias! Fosse um aí qualquer, sem essa facilidade, e, talvez, desse importância aos rótulos. É aquela diferença, sabe, entre os bons enólogos e os de fim de semana. Esses precisam dos rótulos, aqueles nem dos vinhos precisam, às vezes apenas dos seus perfumes. São raros, mas todos gostamos de vinho e um bom rótulo, com tudo ali explicadinho, a cor, a região da fruta, o sabor, isso e aquilo, ajuda, não ajuda? Bom, tentei uma analogia, espero que ela tenha servido para eu me fazer entender na defesa dessa minha malfadada profissão. Beijokas
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