domingo, 4 de março de 2012

Não entre em pânico!

 Escrito em letras garrafais, na capa do Guia, a frase representa talvez uma das coisas mais impossíveis de se fazer nos dias de hoje. Não entrar em pânico.
 Pode até ser, que em algum planeta de alguma galáxia isso seja possível. Mas não no nosso. Essa bolinha azul em constante movimento não nos dá esse luxo. Eu não sei o que você faz na vida, e para bem da verdade, não me interessa. Você pode ser um empresário, pastor, astronauta ou membro de um templo budista. Em qualquer caso, você eventualmente e inevitavelmente entrará em pânico.
 Não sou eu quem vai dizer o que se deve fazer ao entrar em pânico, até porque a melhor resposta possível seria não entrar. Mas esse planeta que vivemos não é feito de boas respostas. É feito de paradoxos e antíteses, incompreensíveis a essa teimosa raça que se acha mais importante que as outras. Essa raça que se acha tão mais importante, que se adianta e se diz pronta para salvar o mundo. Mas, quem disse que o mundo precisa ser salvo? Como já disse George Carlin, o planeta está bem. As pessoas que estão ferradas.
 Pare de tentar salvar o mundo, e salve a você mesmo. Durma mais, coma mais, beba mais e leia mais. Corra mais, viva mais e sobreviva menos. Pare de olhar o relógio para tentar fazer o tempo passar mais rápido e fazer algo divertido. Faça daquele, e todos os momentos possíveis divertido. Tire o fone no ônibus, ouça a conversa dos outros, corra na chuva e aproveite o momento. 
 Não, isso não será nenhum tipo de guia para melhorar sua vida, até porque ela não me interessa. Mas faça com que ela interesse para você. Não prometo mudar sua vida, mas de pouquinho em pouquinho, tentarei mostrar algumas das coisas que tornam a minha vida interessante para mim, e espero que te interesse também. 
 Este blog é para você que: gosta de humor, livros, filmes, documentários e, obviamente, não tem nada melhor pra fazer. Não é nada. Apenas a história de um garoto, um caderno, uma alabarda e como isso afetou a vida de um armário.


3 comentários:

  1. Uma Alabarda?? A vida de um armário?? ahahahaha´muitoo bom!! Ameei mesmo seu textoo!!Supeer parabéens pra você!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Aqui quem vos fala é sua professora de redação! Espero que eu não seja a alabarda, até porque nem sei o que é uma, não estou afim de procurar no dicionário e, sinceramente, senti uma vontade danada de fazer tudo isso aí que você disse. O problema deve ser a idade mesmo, a gente fica a cada dia mais velho e mais bobo, casa, tem filhos, se enche de compromissos, e fica assim, como você listou acima, dorme de menos, come o que não gosta mas deve fazer bem à saúde, trabalha demais, diverte-se de menos, preocupa-se com tudo, até com o meio ambiente, afinal somos pais e que planeta vamos deixar para os nossos filhos, não tem tempo pra ler, escrever, então, isso é um luxo! Gostei de saber que esse seu blog é também, e em especial, para mim, sua professora de redação. Não sei por quê, mas lendo seus textos, pareceu-me que eles fluem assim como água cachoeira abaixo, alguns respingos cairam aqui no meu teclado e me contaminaram. Deu vontade de escrever também. Não sei se você vai entender isso como um elogio, mas só bons escritores me fizeram sentir assim. Deve ser a teoria dos aníes imantados de que falava Platão. Você é muito bom, Pedro, estou até com medo de ser sua professora de redação. Ah, medo não, vai, que besteira, acho que estou é desafiada. Parabéns! Ah, parabéns que nada, que clichê, mas elogios sempre são bons, não são?! Beijokas mil

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